Ambiente seguro e infraestrutura atraem investimentos a Minas Gerais e colocam estado como líder na economia verde

Descubra por que o estado é o destino mais procurado pelos investidores em setores estratégicos como energia renovável e tecnologia

Imagem aérea mostra Parque Solar na cidade de Jaíba, na microrregião da Serra Geral, no estado de Minas Gerais Folhapress

Na contramão de grande parte do país, Minas Gerais tem atraído uma série de investimentos com um ambiente de negócios seguro, simplificado e livre de burocracias desnecessárias, que viabilizam diversas iniciativas do setor privado. Os programas desenvolvidos pelo estado estimulam o empreendedorismo e o posicionam como líder na nova economia verde. Nos últimos anos, Minas Gerais teve mais de R$ 460 bilhões em investimentos privados.

São investimentos bilionários em infraestrutura, energia solar, indústria automotiva, ferroviária, agronegócio, mineração inteligente, entre outros, espalhados por diferentes geografias, que dinamizam a economia e posicionam o estado como um dos líderes globais na transição energética e na economia sustentável. Com a maior capacidade instalada de geração fotovoltaica do país e uma das maiores reservas mundiais de lítio, nióbio e grafita _ insumos estratégicos da eletrificação veicular _ Minas Gerais tem vocação para se tornar um expoente global da descarbonização e da transição energética.

As iniciativas de Minas Gerais, conduzidas pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede-MG) e pela agência vinculada Invest Minas, buscam diversificar a economia do estado, no passado concentrada na mineração, e já resultaram na previsão de cerca de 454 mil empregos diretos e indiretos no estado.

Minas se posiciona como o estado de alta empregabilidade no país. Além dos postos de trabalho criados, a taxa de desocupação alcançou 5% no terceiro trimestre de 2024 _ a menor já registrada desde o início da série histórica do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2012. Desde 2019, Minas acumula 943 mil vagas abertas e segue como a segunda unidade da federação com o maior estoque de empregos do país, com 4,9 milhões de pessoas trabalhando com carteira assinada, de acordo com o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).

Segundo a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, 904 projetos receberam investimentos privados desde 2019, com uma "taxa de conversão" de propostas em investimentos efetivos de mais de 60%, considerada elevada para os padrões nacionais. Ao todo, quase 300 municípios foram beneficiados com projetos de investimentos privados.

Ecossistema de tecnologia e inovação

Os resultados das iniciativas do estado nos últimos anos viabilizaram o desenvolvimento de um ecossistema de tecnologia e inovação pujantes, com mão de obra qualificada e motivada, dentro de um dos maiores e mais relevantes mercados consumidores do país. O estado abriga hoje 13 unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), mais de 1,4 mil startups e empresas de base tecnológica, além de 9 parques tecnológicos.

No segmento de tecnologia, os investimentos realizados somaram mais de R$ 472 milhões em 2023, todos oriundos do Tesouro estadual. Pelo terceiro ano consecutivo, foi executado 100% do orçamento do setor, por meio da Fapemig (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais). Há ainda investimentos de R$ 1 bilhão previstos no pacote para o setor de tecnologia e inovação entre 2024 a 2026.

No final do ano passado, o estado, por meio da Fapemig, lançou um pacote de empreendedorismo tecnológico para as universidades com orçamento de R$ 43 milhões para incentivar o desenvolvimento de empreendimentos tecnológicos e a maior interação entre universidades e o mercado. O governo mineiro também criou em novembro o programa "Come to Minas" ("Vem para Minas", em português), com o objetivo de atrair centros empresariais de pesquisa e desenvolvimento (P&D) para o estado. O programa destina R$ 20 milhões para o financiamento de projetos de desenvolvimento de produtos, serviços ou processos tecnológicos, a partir da atração de empresas inovadoras para o estado.

Minas Livre para Crescer

Para os investidores, além de um ambiente de negócios favorável com estabilidade institucional e segurança jurídica, Minas Gerais oferece uma localização estratégica diferenciada no centro-sul do país, com boa infraestrutura e logística. O estado tem a maior malha rodoviária do Brasil, com 307 mil km, essencial para a distribuição de produtos industrializados, agrícolas e minerais por todo o país.

Minas conta ainda com 67 aeródromos públicos e 195 privados, incluindo o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, que conecta a capital mineira a 24 dos 27 estados brasileiros, além de sete destinos internacionais em voos diretos. O estado tem portos secos que simplificam importações e exportações, além de uma Zona de Processamento de Exportação (ZPE) em Uberaba.

 Zona de Processamento de Exportação (ZPE) em Uberaba
Zona de Processamento de Exportação (ZPE) em Uberaba - Divulgação

Com essa infraestrutura, Minas Gerais se mantém como o terceiro maior exportador do país, atrás apenas de São Paulo, sendo responsável por 12,71% dos embarques brasileiros, de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/Mdic). Em 2024, os principais produtos embarcados foram: minério de ferro (30%), café (19%), soja (7%), açúcares (6%) e ferroligas (5%). Já os principais destinos foram China (37,3%), Estados Unidos (10,6%), Alemanha (3,9%), Argentina (3,6%) e países baixos (3,3%).

Minas Gerais é o estado que mais regulamentou a chamada Lei de Liberdade Econômica, que reúne projetos de lei e decretos municipais que desburocratizam licenças, concedem alvarás de funcionamento e incentivam o empreendedorismo, a atração de investimentos e a geração de emprego e renda. No estado, 468 de 853 municípios (55% do total) regulamentaram a proposta legislativa por meio de decretos ou leis municipais, atingindo mais de 11 milhões de cidadãos.

Por meio do programa Minas Livre para Crescer (MLPC), o estado avançou na ampliação das dispensas de alvarás para 730 atividades de baixo risco previstas na resolução número 3 do CGSIM (Comitê para Gestão da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios). Com o processo de abertura de empresas menos burocrático, em 2024, Minas formalizou 99.061 empresas abertas, um recorde na série histórica desde 2019, quando os relatórios passaram a ser divulgados pela Junta Comercial do Estado de Minas Gerais (Jucemg).

Para este ano, o estado prevê ampliar a dispensa de alvarás para mais atividades e aumentar a eficiência da aprovação tácita de negócios.

Motor de crescimento do país

Essas iniciativas, segundo a Sede-MG, explica por que Minas Gerais cresce em ritmo superior ao do restante do país. Enquanto o Brasil teve expansão de 0,9% no terceiro trimestre do ano de 2024, na comparação com o trimestre anterior, Minas cresceu 1,2%, segundo o IBGE.

O melhor desempenho veio da indústria, com crescimento em base anual de 5,4% _acima da média do país, que é de 3,6%. No acumulado dos três primeiros trimestres de 2024, houve acréscimo real de 2,8% no PIB de Minas Gerais, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Nas projeções da Fundação João Pinheiro, Minas Gerais deve ter fechado 2024 com um crescimento de até 3,2%.

Para a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, a atração de investimentos e os resultados da economia mineira nos últimos anos mostram o reconhecimento da relevância e da credibilidade do estado nos cenários nacional e mundial.

Nos próximos anos, Minas Gerais prevê atrair ainda mais investimentos privados em diversos segmentos da economia, o que demandará mão de obra qualificada e motivada para promover inovação. Para isso, o estado vem ampliando o programa Trilha do Futuro, de formação e capacitação técnica e profissional. Desde 2021, o programa já formou mais de 57 mil profissionais. Atualmente, há 79 mil estudantes em formação.

Mineração do futuro

A produção mineral coloca Minas Gerais em posição estratégica entre os grandes players globais no processo de transição energética. O estado tem a maior reserva do mundo de nióbio, metal usado em baterias de alta performance, entre outras aplicações.

Tem ainda a maior reserva nacional de grafita, mineral composto por carbono, um condutor elétrico também componente de baterias e eletrodos. A grafita é o principal componente do grafeno, um nanomaterial leve e de alta resistência mecânica, que vem reinventando a produção de baterias inteligentes, células solares, dessalinizadores de água, além de equipamentos de diagnósticos médicos e de aplicações na biomedicina.

Minas Gerais tem ainda as maiores reservas do país das chamadas terras raras, elementos diversos empregados como supercondutores, catalisadores e insumos para carros elétricos e híbridos em geral.


Vale do Lítio

O estado de Minas abriga a sétima maior reserva mundial de lítio, o principal componente de baterias de longa duração para equipamentos eletrônicos portáteis, notebooks, celulares e veículos elétricos. O material permite o armazenamento do dobro de energia das baterias comuns de níquel.

Nos últimos anos, a produção brasileira de lítio teve um forte crescimento, saiu da casa de R$ 68 milhões, em 2019, para R$ 1,7 bilhão em 2022, segundo a ANM (Agência Nacional de Mineração). No mesmo período, a produção beneficiada de lítio foi de 47,82 mil toneladas para 143,72 mil toneladas por ano.

Localizado nas regiões Norte e do Vale do Jequitinhonha (nordeste do estado), o projeto Vale do Lítio vai completar dois anos em maio, contabilizando mais de R$ 5,5 bilhões em investimentos privados. Ao todo, a iniciativa gera mais de 10 mil empregos diretos e indiretos ligados à cadeia produtiva do lítio na região.

O estado tem incentivado a cadeia do lítio com investimentos em pesquisas relacionadas à produção do produto e com incentivos para trazer os grandes produtores internacionais para a região. Em 2023, a Fapemig destinou mais de R$ 6,6 milhões em pesquisa sobre o mineral. Por conta do projeto, a região do Jequitinhonha/Mucuri registrou no ano passado o segundo maior crescimento de abertura de empresas (18,25%) no estado.

A região vem recebendo diversas propostas de mineradoras estrangeiras para produzir lítio. O primeiro e maior projeto foi da canadense Sigma Lithium, que anunciou investimentos de R$ 2,5 bilhões em maio do ano passado. Na sequência, vieram a também canadense Lithium Ionic, com R$ 750 milhões; a norte-americana Atlas Lithium, com R$ 750 milhões; e a australiana Latin Resources Limited, com R$ 600 milhões. As estrangeiras se juntaram à brasileira CBL (Companhia Brasileira de Lítio), que atua há mais de 30 anos no Vale do Jequitinhonha e que tem um projeto de expansão estimado em R$ 20,5 milhões.


Sol de Minas

Em 2021, Minas Gerais se tornou o primeiro estado da América Latina e do Caribe a aderir à campanha Race to Zero (Corrida para o Zero), que tem por objetivo alcançar emissões líquidas zero de gases de efeito estufa até 2050. A iniciativa atraiu investimentos de R$ 80,8 bilhões, gerando mais de 7.600 empregos.

Segundo a Sede-MG, 853 municípios de Minas Gerais possuem ao menos uma unidade de geração de energia solar fotovoltaica.

Ao todo, o parque solar mineiro tem uma capacidade total fiscalizada de mais 11,6 GW em energia solar fotovoltaica, primeiro lugar no ranking da produção nacional. Desse total, a geração centralizada responde por 7,19 GW (primeiro lugar no ranking nacional), e a distribuída, por 4,43 GW, segundo lugar no ranking nacional, atrás apenas de São Paulo, com 4,70 GW.

Economia e hidrogênio verde

Para financiar as iniciativas estratégicas de investimento na economia verde, Minas Gerais conta com o BDMG (Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais), que captou no ano passado US$ 220 milhões (R$ 1,35 bilhão) com o CAF (Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe).

Os recursos vão prioritariamente para projetos de geração e eficiência energética, economia verde, além de financiar prefeituras e micro e pequenos negócios. A operação contou com a participação de instituições financeiras como Banco Continental, Banco do Brasil, Cargill, Eco.business Fund, Global Climate Partnership Fund, entre outras.

Em julho de 2023, o governo mineiro criou a Política Estadual do Hidrogênio de Baixo Carbono e Hidrogênio Verde. A iniciativa ajudou na ampliação da fábrica de geradores de hidrogênio de baixo carbono da alemã Neuman & Esser em Belo Horizonte. A multinacional trouxe investimentos de R$ 70 milhões para a fabricação de equipamentos para produção de hidrogênio verde, como eletrolisadores, e reformadores de etanol e biometano.

*Conteúdo patrocinado produzido pelo Estúdio Folha