A Iniciativa Integrada para o Controle do Câncer na América Latina (ICCI – AL) reúne especialistas das mais diversas áreas, pacientes e sociedade civil para, baseados em evidências, aperfeiçoar a resposta ao aumento da incidência da doença na Argentina, Chile, Colômbia e Brasil.
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Aqui, os trabalhos, liderados pela médica Maira Caleffi, presidente da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama) e mastologista do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, começaram em 2020, no auge da crise sanitária. "A ideia é determinar quais as disrupturas que estão fazendo o paciente oncológico morrer tão prematuramente", diz Maira.
A metodologia usada para a elaboração da ICCI foi estabelecida por pesquisadores da Universidade Harvard, nos Estados Unidos. No Brasil, 50 pessoas participaram da iniciativa. As prioridades estabelecidas pelo documento se dividem em prioridade máxima, alta e média. Entre as medidas mais urgentes estão:
• Reduzir a fragmentação dos serviços de atenção e controle do câncer por meio de redes integradas;
• Realizar uma análise abrangente para identificar as prioridades e melhorar a eficiência e a equidade na alocação dos recursos;
• Melhorar os registros existentes e estabelecer um registro nacional de base populacional.
"Precisamos entender melhor o que o paciente está passando agora", defende Maira. "Como se fosse quase uma notificação em tempo real —não quer dizer no dia, mas talvez no mesmo ano." Em geral, os dados disponÃveis mostram uma realidade de dois, cinco anos atrás. A importância das notificações atualizadas ficou evidente com a pandemia. Para enfrentar tantos desafios, é imprescindÃvel ter informações precisas.
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