Uma combinação entre metodologias inovadoras e focadas na aprendizagem do estudante, um currÃculo alinhado com as demandas da sociedade contemporânea e um forte investimento na formação continuada de professores. É essa combinação de práticas que levou a rede do Sesi-SP (Serviço Social da Indústria no estado de São Paulo) a um desempenho superior aos alcançados por paÃses como o Chile e o Brasil no Pisa, avaliação mundial de conhecimentos organizada pela OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico).
Nas três áreas avaliadas - leitura, matemática e ciências -, as médias da rede Sesi-SP foram superiores à s do Chile, paÃs com melhor desempenho no Pisa na América Latina.
O Pisa é apresentado de duas maneiras. O global fornece resultados nacionais agregados para comparações internacionais e formulação de polÃticas públicas. Já o Pisa para Escolas foca instituições de ensino individualmente. Ambos têm as mesmas caracterÃsticas: avaliam o conhecimento e as habilidades de estudantes de 15 anos nas áreas selecionadas.
Em leitura, a média obtida pelos estudantes do Sesi em 2022 foi de 466 pontos. A média do Chile, em exame realizado em 2018, foi de 452. A brasileira, do mesmo ano, ficou em 413. A da rede estadual paulista, em 411, em exame realizado em 2021.
Os desempenhos em matemática e ciência seguiram o mesmo padrão. Na primeira área, a rede Sesi-SP tem média de 456, contra 417 do Chile e 384 no Brasil e em São Paulo. Em ciências, os resultados são 455 (Sesi-SP), 444 (Chile), 404 (Brasil) e 395 (SP).
O exame foi aplicado a todas as turmas elegÃveis, cerca de 4.000 estudantes de 65 escolas - de um total de 142 unidades distribuÃdas por 112 municÃpios paulistas, que integram a rede do Sesi-SP.
"Nosso currÃculo busca formar estudantes com competências globais, pois vivemos em um mundo sem fronteiras. Escolhemos participar do Pisa para Escolas como forma de comparar nossos resultados com os de outros paÃses no mundo", explica Karina Stefanin, supervisora técnica educacional do Sesi-SP.
Para Karina, o bom desempenho se deve à semelhança entre as caracterÃsticas da prova e a metodologia de ensino do Sesi-SP, que vai além da simples aquisição de conhecimento. "Nas nossas escolas, o estudante precisa saber o que fazer com aquilo que está aprendendo, aplicar o conhecimento em processos autorais. Buscamos desenvolver habilidades mais complexas", afirma.
Nesse processo, o professor ocupa um lugar central e, por isso, o Sesi-SP investe em formação continuada. Um exemplo é o trabalho realizado com os docentes de matemática. "Formamos nossos professores para desmistificarem, junto aos estudantes, a ideia de que a matemática é difÃcil, fomentando a realização de propostas significativas para a construção de conhecimento. O ensino da matemática é contextualziado por meio de problemas, fazendo o aluno ficar mais engajado na sua aprendizagem", afirma Karina.
Além disso, os professores são instigados a fazer uma "escuta ativa" dos estudantes, quer dizer, ele interage com os estudantes, buscando compreender e valorizando o raciocÃnio que o aluno faz para chegar à resposta.
Outro destaque da rede do Sesi-SP no Pisa para Escolas é o bom desempenho entre estudantes de nÃvel socioeconômico diferentes e a ausência de disparidades de gênero.
"A comparação do desempenho entre estudantes mais e menos favorecidos, do ponto de vista socioeconômico, mostra que não existe diferença significativa. Isso é uma evidência de que ninguém fica para trás na nossa rede", analisa Karina.
Já a comparação entre meninas e meninos revela que, nas três áreas avaliadas, há pouca discrepância de pontuação. Karina atribui o resultado ao trabalho que é desenvolvido com os professores para romper com estereótipos.
"Esse é um destaque muito importante que evidencia o efeito positivo da formação e de um processo de reflexão contÃnuo com os professores. Sempre dialogamos com as equipes sobre a importância de terem altas expectativas em relação à aprendizagem de todos os estudantes, pois isso faz muita diferença na forma de planejar, avaliar e desenvolver as aulas."
Essa dinâmica permite que o professor diversifique o olhar para os estudantes, compreendendo que existem diferentes formas de lidar com os problemas, rompendo com ideias pré-concebidas em relação ao aprendizado e potencial das meninas.
*Conteúdo patrocinado produzido pelo Estúdio Folha