A alfabetização na idade certa, até o segundo ano do ensino fundamental, é uma das principais chaves para que as crianças tenham uma trajetória escolar de sucesso e, no futuro, integrem-se plenamente ao mercado de trabalho e à vida cidadã.
Por isso e para dar visibilidade à importância do tema e a boas experiências de alfabetização, o Sesi-SP (Serviço Social da Indústria de São Paulo) e a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) criaram o Prêmio PAR, com o objetivo de reconhecer o trabalho de oito municÃpios paulistas que se destacam na alfabetização de crianças na idade correta.
Os vencedores da primeira edição do Prêmio PAR serão conhecidos no dia 13 de novembro, em cerimônia no Teatro do Sesi, na sede da Fiesp, em São Paulo (SP).
"Queremos chamar atenção para a importância do engajamento dos agentes públicos no direcionamento de esforços e recursos em prol de programas de educação, como para alfabetização na idade certa", afirma Roberto Xavier, gerente executivo de Educação do Sesi-SP.
O prêmio está vinculado a um novo programa do Sesi-SP no campo da alfabetização, o PAR (Programa Alfabetização Responsável), lançado no último dia 8 de setembro, Dia Mundial da Alfabetização.
Queremos chamar atenção para a importância do engajamento dos agentes públicos no direcionamento de esforços e recursos em prol de programas de educação, como para alfabetização na idade certa
A iniciativa começou a ser gestada no pós-pandemia como estratégia para contribuir para a recuperação das aprendizagens das crianças. O PAR nasceu de um diagnóstico com 406 municÃpios do estado de São Paulo que participaram de um programa de recomposição das aprendizagens, segundo Xavier.
O diagnóstico, realizado entre o segundo semestre de 2022 e o primeiro semestre deste ano, revelou um cenário marcado por dificuldades, principalmente de infraestrutura e relacionadas à formação de professores em muitos municÃpios.
A partir das constatações, o Sesi-SP desenhou o PAR, composto por duas frentes: recursos didáticos inovadores para serem trabalhados em sala de aula e formação presencial de professores da educação infantil (4 e 5 anos) e do inÃcio do ensino fundamental (1º e 2º anos), oferecidos gratuitamente à s prefeituras a fim de potencializar a educação pública.
"É importante reforçar que todas as nossas formações são presenciais, porque acreditamos que é a melhor maneira de trabalhar com os professores", diz Xavier.
A partir de 2024, o PAR começa a ser implementado em 302 municÃpios paulistas dos 645 existentes no estado de São Paulo, beneficiando 15.673 professores, 2.556 escolas e 5.159 gestores. A duração prevista é de quatro anos.
As melhores experiências
Para identificar as redes municipais que se destacam na alfabetização de crianças na idade certa, os municÃpios paulistas foram divididos em oito grupos e classificados de acordo com o número de escolas e matrÃculas no 2º ano do ensino fundamental.
Além disso, foram considerados o desempenho no Saresp (Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo) e o nÃvel socioeconômico do municÃpio. Os critérios técnicos da avaliação foram elaborados com apoio do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), Associação Bem Comum e Canal Futura.
Os municÃpios vencedores receberão um Espaço Maker completo, que contará com um profissional do Sesi-SP como instrutor. A intenção é propiciar à s crianças e adolescentes recursos de alto nÃvel para o desenvolvimento de projetos, ampliando as experiências multidisciplinares e interdisciplinares.
A escolha do Espaço Maker como prêmio não é aleatória. "Queremos estimular os municÃpios que já têm um alto nÃvel em alfabetização a subirem a régua, investindo cada vez mais no desenvolvimento e aumento da proficiência dos alunos, instigando a curiosidade e trazendo cada vez mais aprendizagens significativas", diz Xavier.
A iniciativa, conclui o gestor, traduz o compromisso do Sesi-SP com a educação e a crença de que os atuais desafios da alfabetização somente serão superados quando a sociedade assumir que essa é uma responsabilidade de todos.
"Esperamos que as crianças, sendo alfabetizadas na idade certa, possam desenvolver todo o seu potencial e, no futuro, exercer plenamente sua cidadania", conclui Roberto Xavier.
*Conteúdo patrocinado produzido pelo Estúdio Folha