A filantropia é a razão de ser do Hospital Sírio-Libanês. Esse compromisso faz parte da história da instituição e foi responsável por manter vivo o sonho que nasceu em 1921 com Adma Jafet e outras 26 senhoras e se tornou realidade mais de 40 anos depois.
“Foi a determinação desse grupo de mulheres que inaugurou o hospital oficialmente em 1965. Esse grupo é indissolúvel, nunca deixou de estar à frente da nossa instituição e, hoje, compõe nossa Diretoria de Senhoras, Conselho Deliberativo, Associadas e Voluntárias. Juntas, essas mulheres mantêm vivo o legado de filantropia, solidariedade e retribuição que são marcas do Sírio-Libanês há 100 anos”, diz Marta Kehdi Schahin, presidente da Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio-Libanês.
Essa responsabilidade social, que está no DNA da instituição, se manifesta por meio da integração com a comunidade, promovida pelo projeto Abrace Seu Bairro; da execução de projetos para o Ministério da Saúde, via Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS); da gestão de cinco equipamentos públicos de saúde no Estado de São Paulo, como o Hospital Geral do Grajaú e o Hospital Municipal Infantil Menino Jesus, via Instituto de Responsabilidade Social Sírio-Libanês (IRSSL); e do atendimento a pacientes encaminhados pelo SUS em dois Ambulatórios de Filantropia. Em 2019, foi estruturada a área de Investimentos Sociais, com o objetivo de reunir projetos passíveis de receber doações de pessoas físicas e jurídicas - um deles, feito ao longo de 2020, angariou doações financeiras e de produtos que viabilizaram diversas ações de enfrentamento à COVID-19.
Em um dos Ambulatórios de Filantropia são feitos exames de ultrassonografia em pacientes encaminhados pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo. O outro atende crianças com obesidade infantil e pacientes com câncer de mama. "Fazemos todo o tratamento ambulatorial do câncer de mama, a cirurgia e acompanhamos cada paciente por cinco anos", explica Vânia Bezerra, diretora de Responsabilidade Social do Sírio-Libanês. ​
A veterinária Rosemeire Sena Lopes é uma das pacientes do ambulatório. “O atendimento é muito bom, tem psicólogo, nutricionista, assistente social e vários eventos que promovem a autoestima das mulheres que passaram por tratamento", diz Rosemeire.
Os Ambulatórios de Filantropia, assim como diversas áreas da instituição, contam com a ajuda de um grupo de voluntários que reúne 320 pessoas. Isa Maria Marchetti é a responsável pelo Serviço. Contratada para ser assistente social da instituição, em 1978, Isa conta que começou a fazer o projeto em 1980. “Nosso objetivo era, e continua sendo, fazer com que o paciente e seus acompanhantes se sintam acolhidos, que recebam apoio, carinho e atenção. Tudo bem de acordo com a missão do Sírio-Libanês.”
Os voluntários também atuam em projetos sociais como o Abrace Seu Bairro, criado em 2001 com a missão de desenvolver atividades de promoção da saúde, qualidade de vida, cultura, educação e qualificação profissional das famílias em vulnerabilidade social residentes nos bairros da Bela Vista, Consolação e República, próximos ao Hospital em São Paulo. O projeto também promove a geração de renda na comunidade. Neste período de pandemia, por exemplo, mais de 30 costureiras confeccionam aventais para hospitais públicos e, agora, vão começar a produzir agasalhos para distribuição durante campanha interna do agasalho que será promovida pela instituição.