Criada em 1978 pelo médico e professor Daher Cutait como Centro de Estudos e Pesquisa, a área de Ensino e Pesquisa do Sírio-Libanês foi reinaugurada em 2003 e promove atualmente conhecimento em programas de pós-graduação lato sensu e stricto sensu, programas de residências médicas e multiprofissionais, cursos de atualização (continuados e de curta duração), Ensino a Distância (EAD), estágios, seminários e reuniões científicas.
“Ações de geração e compartilhamento do conhecimento são absolutamente estratégicas para a manutenção do alto padrão de qualidade e segurança no processo assistencial, é a forma como transformamos conhecimento em cuidado para nossos pacientes”, diz Luiz Fernando Lima Reis, diretor de Ensino e Pesquisa do Hospital.
As especializações são voltadas para desenvolvimento de competências, ganho de conhecimentos e habilidades e postura crítica para o melhor cuidado do paciente. Em 2020, 734 alunos participaram de 27 turmas de pós lato sensu.
No stricto sensu, o hospital oferece mestrado e doutorado acadêmicos em ciências da saúde e mestrado profissional em gestão de tecnologia e inovação em saúde. O último é ministrado em parceria com o Ministério da Saúde e aprovado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). O hospital já formou 79 mestres e 32 doutores. Atualmente, tem 77 estudantes de mestrado e 74 de doutorado. Neste ano, o hospital passa a oferecer duas bolsas de doutorado e duas de pós-doutorado por ano até 2024.
O hospital mantém parcerias nacionais e internacionais de estudos em diferentes áreas desde 2008, quando foi criada a Diretoria de Pesquisa. Entre 2019 e 2020, 610 artigos científicos foram publicados. Os estudos tiveram ainda cerca de 16 mil citações entre 2019 e 2020 e outras 1.926 até março de 2021. “A pesquisa também está no nosso DNA e no nosso dia a dia”, afirma Reis.
Para contribuir com a melhoria das graduações, o hospital mantém parcerias com escolas médicas. Tem ainda um amplo programa de residência médica. Formado em medicina pela Universidade de São Paulo (USP), Felipe Rodrigues de Noronha cursa o segundo ano da residência em anestesiologia no Sírio-Libanês. “O ambiente é inspirador, com todos focados na mesma missão de cuidar do ser humano, aliviar o sofrimento”, diz Noronha, que se orgulha de poder atuar nos hospitais públicos ligados ao Sírio-Libanês. “A conexão entre público e privado é importante para fortalecer o SUS. O médico precisa estar preparado para trabalhar nos dois”, completa.
Para o futuro, o foco da área de Ensino e Pesquisa do Sírio-Libanês é desenvolver ainda mais o ensino online. “Nosso investimento será em um forte componente digital. Nele, a comunidade passa a ser gestora do próprio conhecimento e consome o conteúdo de acordo com suas necessidades”, diz Reis. No ano passado, mais de 220 mil pessoas se matricularam nos cursos gratuitos a distância que o hospital disponibilizou para orientar os profissionais de saúde no combate à pandemia.