A saída para otimizar o acesso à saúde deve envolver todos os atores do sistema

Takeda reforça o compromisso de incentivar o diálogo e buscar soluções conjuntas para transformar a saúde no Brasil e oferecer as soluções que o paciente precisa

Mais do que desenvolver tratamentos inovadores, a indústria farmacêutica deve também assumir o protagonismo de transformar a saúde por meio da troca de conhecimento, prestação de serviços, assistência social e geração de empregos diretos e indiretos, afirma José Manuel Caamaño, novo presidente indicado da Takeda Brasil.

José Manuel Caamaño, novo presidente da Takeda Brasil
José Manuel Caamaño, novo presidente da Takeda Brasil - Masao Goto Filho

Pelo quinto ano seguido, a Takeda reuniu os principais atores da área de saúde para debater os desafios do acesso à saúde no Brasil. Qual o objetivo da empresa ao promover esse evento?

O propósito da Takeda vai além do desenvolvimento de tratamentos inovadores. Envolve também a ampliação do acesso à saúde dos brasileiros. Nesse sentido, nasceu o evento A Blueprint for Success – Brazil Summit. Criado há cinco anos, o evento tem o objetivo de incentivar e manter o diálogo aberto e plural entre os principais atores da saúde, buscando discutir e propor as transformações que a saúde no Brasil tanto precisa para oferecer as soluções que o paciente necessita.

A crise causada pelo coronavírus evidenciou a responsabilidade e a interdependência entre todos – governos, empresas, organizações e indivíduos – para conter o avanço da doença, comprovando que na saúde não existe solução única, muito menos isolada. Portanto, mais do que nunca, devemos nos unir e buscar alternativas conjuntas e efetivas para garantir a sustentabilidade do sistema de saúde no Brasil e assegurar o cuidado ao paciente, seja por meio da prevenção ou da ampliação do acesso aos tratamentos.

A importância de fortalecer o SUS foi ponto consensual durante o evento. Qual o papel da iniciativa privada nisso?

A recente redução de casos graves de Covid-19 e a falta de produtos baratos, porém essenciais para o tratamento de alguns problemas de saúde fizeram com que o tema ganhasse novamente maior espaço.

O SUS representa uma conquista da sociedade brasileira porque promove a justiça social, atendendo mais de 190 milhões de pacientes, sendo que 80% dependem exclusivamente desses serviços para qualquer atendimento.

Nesse contexto, a Takeda, por meio de uma PDP (Parceria para o Desenvolvimento Produtivo) firmada com a Hemobrás, realiza a transferência de tecnologia para produção do medicamento utilizado no tratamento da hemofilia A, garantindo o acesso a todos os pacientes com essa doença.

Paralelamente à transferência de tecnologia, a Takeda faz um investimento de até US$ 250 milhões (R$ 1,2 bilhão) na construção de um novo bloco, já em andamento, no parque fabril da Hemobrás em Goiana (PE). Portanto, a transferência de tecnologia somada à nova instalação dará total autonomia para que o Brasil possa manter o cuidado aos pacientes com hemofilia de forma 100% gratuita por meio do SUS.

O Complexo Industrial da Saúde (CIS) - coordenado pelo governo federal, é constituído pelos setores industriais de base química e biotecnológica (medicamentos biológicos, sintéticos, semi-sintéticos, vacinas, Insumos Farmacêuticos Ativos (IFA) e reagentes para diagnóstico) - de base mecânica, eletrônica e de materiais (dispositivos médicos) e de serviços de saúde que estabelecem relações institucionais, econômicas e políticas voltadas para a inovação e produção em saúde no Brasil.

Vale destacar, ainda, que a Takeda realiza projetos e parcerias com entidades e Governo por meio de seu Programa de Responsabilidade Social Corporativa, que tem o propósito de melhorar o acesso à saúde, principalmente nas áreas geográficas em que as necessidades médicas não atendidas são mais latentes, e fornecer apoio à prevenção de doenças. É preciso destacar também o apoio da Takeda ao Projeto Saúde e Alegria, que, por meio de atividades realizadas junto às unidades básicas de saúde fluvial da região Norte do Brasil, como o Barco Abaré, já realizou aproximadamente 15 mil atendimentos em 72 comunidades ribeirinhas da Amazônia.

Portanto, mais do que contribuir para a consolidação do complexo industrial do Brasil e com a sustentabilidade do sistema de saúde pública, a iniciativa privada, aqui representada pela Takeda, deixa um legado de conhecimento, prestação de serviços, assistência social e, geração de empregos diretos e indiretos, elementos fundamentais para a transformação da saúde de que o país tanto precisa.

A cada ano, descobertas na área da medicina têm garantido mais qualidade de vida a pacientes com doenças complexas. Mas como facilitar o acesso a essas inovações?

Esse é um dos maiores desafios da atualidade, e precisamos reforçar que ampliar esse acesso é de responsabilidade de todo o ecossistema da saúde, o que também significa que os compromissos de cada ator da saúde se integram e se complementam.

Hoje, biofarmacêuticas com soluções de tecnologia de ponta, como a Takeda, precisam agregar valor não apenas aos tratamentos e medicamentos, mas à jornada do paciente desde a prevenção, diagnóstico e no acesso e adesão ao tratamento. Assim, a Takeda é pioneira no desenvolvimento de estratégias de precificação equitativas que levam em consideração a realidade do país em relação à carga/prevalência da doença, nível de desigualdade, tipo de sistema de saúde, sistemas de financiamento público e análise de custos. Ou seja, a indústria farmacêutica está proporcionando o acesso também por meio da análise de dados, que embasam decisões e até mesmo levam a novas soluções.

Por esse motivo, os governos têm buscado alternativas de avaliação de modelos inovadores, considerando outros elementos além da tecnologia em saúde, como o compartilhamento de risco para o financiamento e incorporação de novos tratamentos.

Quais são as expectativas da Takeda no Brasil?

Continuaremos a expandir e a investir nas nossas áreas terapêuticas-chave, como Doenças Raras (Hematologia, Imunologia, Doenças de Depósito Lisossomal), Gastroenterologia, Neurociências, Oncologia, Terapias Derivadas do Plasma e Vacinas, reforçando o compromisso da Takeda em suprir necessidades médicas não atendidas, como no caso dos pacientes com doenças raras que, muitas vezes, não têm alternativas de tratamento. Hoje, cerca de 50% dos lançamentos da Takeda possuem denominação de drogas órfãs com potencial de serem os pioneiros de suas classes terapêuticas.

Ainda neste ano fiscal, que vai até março de 2023, a Takeda tem a previsão de realizar cinco lançamentos, sendo um novo produto e quatro novas indicações ou apresentações. Sem data precisa, há ainda a primeira vacina da Takeda no Brasil, atualmente em análise pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Por meio dessa inovação, teremos a oportunidade de trazer o conhecimento e a experiência de 70 anos da Takeda no Japão para o desenvolvimento e produção de vacinas.

Seguimos também com o nosso compromisso de criar um ambiente excepcional para as pessoas, cada vez mais inclusivo, diverso, equânime e livre de discriminação, onde todos se sintam orgulhosos de pertencer a essa organização e incentivados a atingir seu potencial máximo.

"Parcerias estratégicas ajudam a melhorar a jornada do paciente"

Rafael Fortes, diretor-executivo de Patient Value & Market Access da Takeda
Rafael Fortes, diretor-executivo de Patient Value & Market Access da Takeda - Keiny Andrade

A demora em obter um diagnóstico preciso faz toda a diferença na jornada de um paciente. A espera para iniciar o tratamento adequado interfere na sua qualidade de vida e bem-estar, principalmente dos que têm uma doença rara. "Por isso estamos constantemente em busca de alternativas que agilizem esse processo e de forma que ele seja cada vez mais preciso", afirma Rafael Fortes, diretor-executivo de Patient Value & Market Access da Takeda Brasil.

O uso de dados da vida real é uma das formas de agilizar o diagnóstico e de obter os melhores resultados na tomada de decisões na área de saúde. "Os dados, por meio da sistematização (coleta e finalidade), organização e interpretação, ajudam a complementar as informações coletadas em estudos clínicos e farmacovigilância", diz Fortes.

"A indústria farmacêutica busca inúmeras alternativas para transformar a jornada dos pacientes, e esses esforços devem ser envidados por todos os atores do setor, permitindo que o paciente esteja no centro das discussões, tendo o melhor encaminhamento em sua jornada", diz.

Fortes também destaca a necessidade de ampliar ações de prevenção, fundamentais para a saúde das pessoas, além de resultar na redução de gastos com internações e tratamentos. "A Takeda, atenta ao desafio para a saúde pública trazido pela dengue, lançou o site "Conheça Dengue", com o objetivo de disseminar informações confiáveis e educativas a respeito da doença", afirma. O portal traz dados atuais sobre a doença, mitos e verdades, sinais e sintomas para contribuir com a identificação da dengue.

A Takeda tem o compromisso de buscar acesso rápido, amplo e sustentável desde o lançamento dos nossos produtos. Nos últimos 12 meses, realizamos 3 submissões, 2 incorporações (1 no SUS e 1 na ANS) e outras 4 estão em preparação para o próximo ano.

Saiba mais em: https://conhecadengue.com.br/