Sugestão de passageiro amplia acessibilidade na Linha 4-Amarela

O espaço entre o trem e a plataforma do metrô era quase intransponível para o engenheiro Ivan Andrea Baccaro. Dependendo da quantidade de passageiros, o carro fica mais pesado e mais baixo -com isso, o acesso fica complicado para quem, como ele, usa uma cadeira de rodas motorizada.

"Essas cadeiras são mais pesadas e, por isso, não dá para empinar. Além disso, as rodas dianteiras são menores e podem ficar enganchadas no vão", afirma Baccaro, que ficou tetraplégico depois de um acidente de carro.

Ele foi se queixar na Ouvidoria da Linha 4-Amarela e, para sua surpresa, foi literalmente ouvido. "Recebi uma ligação me pedindo para ir na estação Paulista e fazer um teste", conta. Sua queixa havia motivado a equipe de engenheiros da Concessionária ViaQuatro a desenvolver um dispositivo de borracha de poliuretano que, de maneira segura, reduz a distância entre a porta do trem e a plataforma.

Ampliar a acessibilidade aos aeroportos, estações de metrô e terminais de barcas é uma das prioridades do Grupo CCR.

Além dos elevadores e rampas, os assentos são adaptados, há acesso para cão-guia e pisos táteis, entre outras medidas.

"Faz uma diferença enorme saber que eu posso ter o direito de chegar onde quero", afirma o engenheiro Baccaro.

O engenheiro Ivan Baccaro
O engenheiro Ivan Baccaro
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