Índice de mortes cai 50% nas rodovias administradas pela CCR

Cerca de 1,3 milhão de pessoas morrem em acidentes de trânsito todos os anos no mundo. Outros 50 milhões sofrem ferimentos de gravidade variada. Para tentar conter essa tragédia, a ONU (Organização das Nações Unidas) lançou um desafio mundial em 2011: reduzir em 50% as mortes ao longo da década. Nas estradas administradas pela CCR no Brasil, a meta foi alcançada no ano passado, com dois anos de antecedência.

"Estudos internacionais indicam que para conseguir uma redução efetiva dos acidentes em rodovias é preciso investir em engenharia, educação e fiscalização. Estamos seguindo esse conceito e obtendo resultados efetivos, como a redução das mortes e dos acidentes. Na CCR ViaLagos, por exemplo, não foi registrada nenhuma morte em 2018. Um fato inédito", afirma Eduardo Camargo, presidente da CCR Lam Vias.

A Rodovia dos Lagos (RJ-124), administrada pela concessionária, interliga a região dos Lagos, no estado do Rio, entre Rio Bonito e São Pedro da Aldeia.

Em 2010, o índice de vítimas fatais (que leva em conta números de ocorrências, volume de tráfego em um determinado período e extensão da via) nas estradas administradas pela CCR era de 2,9362. Em 2018, caiu para 1,4969, segundo dados do Relatório de Sustentabilidade do grupo.

O número absoluto de mortes também caiu, de 616 em 2010 para 383 (veja quadro ao lado).

Para conseguir essa redução, a concessionária investiu em diversas ações e campanhas de conscientização para aumentar a segurança nas rodovias.

Na área de engenharia, os investimentos da CCR incluem duplicação ou construção da terceira pista em trechos com tráfego mais carregado, melhorias na pavimentação, manutenção constante da sinalização vertical (placas e luminosos) e horizontal (pintura da pista) e instalação de defensas ou barreiras metálicas em pontos críticos.

Ao mesmo tempo, a análise detalhada das ocorrências ajuda a identificar causas e a buscar soluções para evitar que elas se repitam.

Outro ponto fundamental é a celeridade no atendimento ao usuário, com socorro mecânico (guinchos) e pré-hospitalar (ambulâncias), com profissionais devidamente treinados.

Além disso, há o impacto de ações educativas, realizadas durante todo o ano. Elas incluem a distribuição de panfletos para usuários das rodovias, orientando sobre a importância do uso do cinto de segurança, sobre o perigo de misturar bebida alcoólica com direção e de o motorista utilizar o celular no volante, entre outras.

A CCR também faz ações educativas com o público que vive no entorno das rodovias, visando principalmente a redução de atropelamentos.

Um dos destaques na área de educação é o programa Caminhos para a Cidadania (veja texto ao lado). "É um programa que passa conceitos de educação para o trânsito e cidadania para alunos de escolas públicas. Ele tem um reflexo muito positivo, pois tem efeito multiplicador, já que a criança, quando chega em casa, passa as orientações para toda a família", afirma Camargo.

Apesar de a concessionária não ter o poder de fiscalização, a CCR oferece todas as informações de que dispõe às polícias rodoviárias, sejam estaduais ou federal. É uma ação importante para a polícia, pois a concessionária faz o monitoramento com câmeras de vídeo em vários trechos das rodovias.

As câmeras mais modernas já fazem o reconhecimento de placa. "É como se fosse o reconhecimento facial aplicado para a identificação de um veículo. A ideia é que, no futuro próximo, a gente consiga mapear o deslocamento do veículo ao longo de todo o caminho. Isso facilitará a identificação de roubo de carga, por exemplo", afirma Camargo.

Somente na CCR ViaSul, a concessão que foi iniciada neste ano no estado do Rio Grande do Sul, a previsão é de instalação de 1.100 câmeras, que irão monitorar 100% da rodovia.

A colocação dos equipamentos já foi iniciada e deverá ser concluída em 36 meses.

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