Medicina personalizada adequa abordagem às características do paciente
Cada ser humano é único. A maneira como uma pessoa reage a uma doença ou a um medicamento é completamente diferente da de outra.
Por isso, é preciso buscar abordagens que sejam personalizadas, levando em conta todo o histórico do paciente e analisando cada caso individualmente. "Quando tenho um paciente com determinada doença, eu tenho de ter uma assistência que seja voltada exatamente a esse tipo de doença e ao tipo de organismo desse paciente para que a gente consiga o melhor desfecho clínico", afirma Emerson Gasparetto, vice-presidente da área médica da Dasa, maior empresa de medicina diagnóstica do Brasil e da América Latina.
Além de todos os dados clínicos, a medicina personalizada leva em conta o perfil genético do paciente, a predisposição desse organismo a doenças e à metabolização de medicamentos. Com os testes genéticos, é possível obter diagnósticos mais precisos -por isso, a medicina personalizada também é chamada de medicina de precisão.
Gasparetto cita o exemplo de uma paciente diagnosticada com câncer de mama. Exames podem identificar as variantes genéticas desse tumor e prever qual a resposta que o indivíduo apresentará frente a determinadas drogas.
"Sem esses exames, provavelmente essa paciente seria tratada de acordo com o protocolo padrão até perceber que o tratamento não estava evoluindo de forma positiva e só depois de muito tempo iria optar por outro tratamento. O que a gente pode é antecipar tudo isso", diz Gasparetto.
A Dasa criou o GeneOne, laboratório de genética com uma equipe multidisciplinar altamente especializada, com capacidade para fazer desde a avaliação de uma pequena mutação específica até o sequenciamento completo do genoma humano. E, mais recentemente, inaugurou a DasAInova, laboratório interno de pesquisa avançada com uma equipe que usa a inteligência de dados no avanço da medicina diagnóstica, criando algoritmos que auxiliam e dão mais precisão ao diagnóstico.
Com a ajuda da Inteligência Artificial, o médico também pode ter acesso a todas as informações disponíveis dos pacientes, como exames anteriores e dados do histórico familiar. "Um diagnóstico precoce não é resultado apenas de um exame, mas da interface de vários exames e da consulta médica", explica Gasparetto.
Todo esse investimento em tecnologia, diz o especialista, traz benefícios efetivos aos pacientes e a todo o sistema de saúde. Quando uma pessoa consegue identificar que tem predisposição a determinada doença, como algum tipo de câncer, ela pode se cuidar mais, fazer mais exames de monitoramento e buscar uma alimentação e um estilo de vida mais adequados ao seu perfil genético. "Mesmo se essa pessoa vier a ter câncer, será detectado em estágio inicial, com menor risco de desenvolvimento de metástases ou outras complicações que agravam o quadro clínico do paciente", diz Gasparetto. Todos saem ganhando.