Dasa investe em algoritmos para cardio, neuro e oncologia

Tecnologia ajuda a agilizar diagnósticos e dar mais precisão aos tratamentos

Algoritmos capazes de analisar exames de ressonância do cérebro e identificar o tipo, o potencial de risco e a gravidade de uma determinada doença cerebral. Tudo isso em tempo real.

O que parecia uma realidade distante está pronto para entrar em ação. A Dasa, maior empresa de medicina diagnóstica do Brasil e da América Latina, está desenvolvendo esses algoritmos em parceria com o Center for Clinical Data Science (CCDS), o centro de medicina da Harvard Medical School.

A parceria faz parte da estratégia da DasAInova, iniciativa criada para estudar e implementar soluções de inovação na empresa. Os algoritmos começaram a ser desenvolvidos há 12 meses pelas equipes das duas instituições e devem estar à disposição de médicos e pacientes muito em breve.

A vantagem dessa tecnologia, afirma Leonardo Vedolin, diretor médico de imagem da Dasa, é garantir que o médico especialista priorize a análise de exames com algum tipo de alteração e, assim, defina um diagnóstico rápido e assertivo, otimizando o seu tempo e do paciente.

Também em parceria com Harvard, a equipe da Dasa desenvolve outros algoritmos -dessa vez para interpretar exames da próstata, aumentando a capacidade de rastrear alterações. "Essas parcerias são muito importantes, principalmente diante das inúmeras possibilidades de aplicação desses algoritmos", afirma Vedolin.

A Dasa também trabalha em conjunto com a Arterys, startup do Vale do Silício, em São Francisco, na Califórnia (EUA), para criar algoritmos nas áreas de oncologia e cardiologia. Isso permitirá a quantificação automática de exames de ressonância magnética, além da segmentação automática de lesões tumorais.

Segundo Emerson Gasparetto, vice-presidente da área médica da Dasa, as startups têm se mostrado mais ágeis para o desenvolvimento de novas tecnologias em saúde do que as grandes empresas. "Hoje, tudo fica mais fácil e as ideias são mais importantes do que ter uma grande estrutura", diz.

As parcerias são essenciais para trazer para o Brasil as abordagens mais inovadoras no diagnóstico de várias doenças, oferecendo aos médicos ferramentas novas e úteis para melhor atender seus pacientes, aperfeiçoando a conduta médica e reduzindo custos.

Para Gasparetto, os diagnósticos que hoje levam seis meses vão, muito em breve, ficar prontos em apenas alguns minutos. "Acho que, num futuro próximo, a tecnologia irá transformar muita coisa na área da saúde. Os diagnósticos serão mais rápidos, o uso da telemedicina será intensificado. O que não mudará é a essência da medicina: um profissional cuidador atendendo alguém que precisa de ajuda."