Algoritmos identificam existência e o nível de gravidade de doenças a partir da análise de exames
Por orientação médica, um paciente decide realizar um exame no pulmão. Ao analisar a imagem, um algoritmo desenvolvido especialmente para "ler" esse exame identifica um pequeno nódulo no lado esquerdo do pulmão e imediatamente alerta o especialista de que é preciso priorizar esse caso.
"Os algoritmos aumentam a eficácia de um diagnóstico. Eles servem de suporte para o médico, que poderá analisar mais laudos em menos tempo e priorizar os casos realmente urgentes de maneira mais assertiva", afirma Leonardo Vedolin, diretor médico de imagem da Dasa.
Na área da saúde, os algoritmos são desenvolvidos para que possam, a partir da análise de exames de imagens, responder a perguntas cada vez mais específicas. Eles são ensinados a identificar, em tempo real, a existência e o nível de gravidade de doenças e a priorizar os laudos desses exames.
A Dasa, maior empresa de medicina diagnóstica do Brasil e da América Latina, tem investido no desenvolvimento de algoritmos que auxiliam e agilizam o diagnóstico por imagem. Para isso, criou a DasAInova, laboratório interno de pesquisa avançada, para estudar e desenvolver soluções de Inteligência Artificial, Machine e Deep Learning, entre outros.
Além de buscar parcerias com universidades e empresas de todo o mundo, a Dasa investiu em um time local, com mais de 20 especialistas das mais diversas áreas, para desenvolver algoritmos principalmente nas áreas de oncologia, doenças crônicas e cardiovasculares.
Uma das parcerias é com o Center for Clinical Data Science (CCDS), o centro de medicina da Harvard Medical School. "Nossos pesquisadores foram lá para aprender de que forma poderíamos trabalhar em conjunto para o desenvolvimento de novos algoritmos. Há centenas de potenciais aplicações desses algoritmos e atuar em conjunto é a melhor maneira de conseguirmos mais respostas", afirma Emerson Gasparetto, vice-presidente da área médica da Dasa.
Além de médicos, as equipes que criam os algoritmos contam com a participação de engenheiros, matemáticos e programadores, entre outros. A ideia de reunir pessoas de áreas distintas ganhou fôlego com a parceria com o Cubo - ecossistema de startups que incentiva o empreendedorismo tecnológico em várias frentes. "Muita gente não ligada à área da saúde tem nos procurado porque quer ajudar a transformar a vida das pessoas", lembra Vedolin.
Com a ajuda da Inteligência Artificial, o médico também pode ter acesso a todas as informações disponíveis dos pacientes, como exames anteriores e dados do histórico familiar. Isso tudo ajuda a obter um diagnóstico mais preciso.
Para Gasparetto, ao contrário do que muita gente pensa, investir em tecnologia é a melhor maneira de reduzir os custos na área da saúde. Isso porque, segundo ele, os algoritmos ajudam a melhorar a eficácia de todo o sistema. O médico irá analisar os exames com maior eficiência e em menos tempo e o paciente não terá de fazer exames desnecessários. Ao final da jornada, isso tudo terá um custo menor.
"O computador permite que o médico deixe de fazer coisas ou funções burocráticas e, assim, ele terá mais tempo de investir no que realmente importa: sua relação com o paciente", diz.
Estúdio Folha/Divulgação | ||