44% das empresas de saúde não estão preparadas para ataque virtual, diz Datafolha

Pesquisa feita a pedido da Mastercard mostra que setor é o que menos investe em cibersegurança; 58% já foram alvo de fraude

A regulamentação da teleconsulta e o aumento da prescrição de medicamentos via online foram algumas das transformações digitais no setor da saúde provocadas pela pandemia de Covid-19. As medidas facilitam a relação entre médicos e pacientes, mas, ao mesmo tempo, abrem caminho para hackers explorarem a vulnerabilidade das empresas em termos de segurança.

Uma pesquisa realizada pelo Datafolha, a pedido da Mastercard, aponta que 44% das empresas da área de saúde admitem não estar preparadas para um ataque cibernético. E não estão mesmo, como mostra a mesma pesquisa: 58% delas já foram alvo de fraude e ataques digitais com alta e média frequência.

A pesquisa do Datafolha ouviu 351 tomadores de decisão da área de tecnologia de empresas de vários setores, como educação, financeiro, tecnologia e varejo. Desses, 57 eram da área de saúde. A margem de erro dessa consulta, chamada de "Barômetro da Segurança Digital", é de 5 pontos percentuais.

O resultado mostra que justamente as empresas que lidam com dados sensíveis das pessoas são as que, em comparação a outros setores, menos investem em cibersegurança (veja infográfico).

Os riscos são inúmeros: pode haver brechas na maneira como as informações são armazenadas; vulnerabilidades nos celulares usados pelas pessoas para acessarem seus dados e falhas no relacionamento com fornecedores terceirizados.

"Em um cenário de pandemia, onde centenas de testes e exames são realizados diariamente, é de extrema importância que as instituições de saúde priorizem o cuidado e a responsabilidade com os dados de seus pacientes, monitorando constantemente seus níveis de segurança e suas vulnerabilidades a ataques", afirma Estanislau Bassols*, Presidente da Mastercard Brasil.

Bassols lembra que a Mastercard atua em várias frentes tecnológicas como cibersegurança, inteligência artificial, consultoria, gestão de riscos e pagamentos em tempo real. "A estratégia de inteligência conectada que oferecemos aos nossos clientes vincula milhares de pontos de decisão baseados em dados que atenuam a fraude a cada passo da jornada do consumidor", explica.

São realizadas ações em multicamadas para prevenir, identificar e detectar possíveis fraudes. O objetivo é avaliar os riscos a cada etapa do processo, reduzindo os atritos desnecessários, auxiliando na tomada de boas decisões e otimizando a experiência do consumidor.

Vários dados apresentados pelo Datafolha acenderam o sinal de alerta em relação ao setor de saúde: 70% não fizeram simulação de ataques em seu ecossistema nos três meses que antecederam a realização da pesquisa e só 46% afirmam possuir uma política de cibersegurança para seus funcionários.

"As ameaças cibernéticas que o setor de saúde enfrenta são desafiadoras e, como parte de qualquer programa de gerenciamento de risco, precisam ser abordadas por meio de planejamento estratégico e investimento cuidadoso", diz Bassols.

Ele explica que uma das melhores maneiras de as empresas se protegerem de ataquescibernéticos é realizando avaliações periódicas de vulnerabilidade de riscos. Essa análise automática abrange todo o ecossistema da empresa – o que inclui fornecedores e prestadores de serviço, e oferece planos de ação ajustados de acordo com as prioridades de risco.

O uso da biometria comportamental também reforça a segurança digital das empresas, já que consegue barrar o fraudador antes mesmo de ele iniciar o acesso ao mundo digital.

Ao longo dos últimos anos, a Mastercard se consolidou como uma companhia de tecnologia que oferece soluções completas e produtos em diferentes áreas, como cibersegurança, inteligência artificial, consultoria e pagamentos em tempo real, tornando a interação entre as empresas e os consumidores mais simples, seguras e convenientes.

*Atualização: até 31 de agosto de 2022, quando foi sucedido por Marcelo Tangione, atual Presidente da Mastercard Brasil