O impacto da pandemia de Covid-19 para o cuidado dos pacientes com câncer é uma preocupação global, reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS). No ano passado, no início da pandemia, os esforços dos sistemas de saúde público e privado se voltaram para o combate à Covid. Consultas, exames, biópsias, tratamentos e cirurgias de câncer foram adiados. Os pacientes oncológicos, que vivem uma corrida contra o relógio, foram particularmente impactados.
O oncologista Rafael Kaliks, diretor científico voluntário do Oncoguia, apresentou os resultados do Impacto da Covid-19 no Câncer no 11º Fórum Nacional de Políticas de Saúde em Oncologia On-line.
O Radar do Câncer foi criado pelo Instituto Oncoguia com o objetivo de auxiliar pesquisadores, jornalistas, associações, secretários de saúde e o público em geral a entender os impactos dos diferentes tipos de câncer na população brasileira, bem como identificar possíveis gargalos no tratamento e na assistência desses pacientes.
Um desses “radares” foi desenvolvido para conhecer o impacto da Covid na assistência oncológica, com foco nos dados disponíveis no Datasus. A partir de informações públicas foi possível comparar dados de 2020 com os de 2019 de etapas como rastreamento, diagnóstico e tratamento dos pacientes oncológicos (veja abaixo).
“Já estamos sentindo o reflexo desses atrasos”, afirmou Kaliks. “Deixar de fazer exames impede o diagnóstico. O câncer vai ser diagnosticado mais tarde, em estágio mais avançados. Isso significa tratamento mais caro e agressivo e menos chance de cura.”
Para saber mais, acesse radardocancer.org.br (LINK). O Oncoguia ressalta que os dados são passíveis de atualização por parte dos estados/municípios, portanto, os valores apresentados podem sofrer alterações, conforme atualização dos arquivos do Datasus.