Faixa Azul chega a 89,1 km e motociclistas aprovam iniciativa da Prefeitura

Projeto visa dar segurança aos usuários; meta é chegar a 200 km de extensão até o fim de 2024

Desde a primeira instalação, na avenida 23 de Maio, em janeiro de 2022, o projeto-piloto da Faixa Azul, implantado pela Prefeitura de São Paulo, já atingiu a extensão de 89,1 km nas principais avenidas da cidade. A meta da atual administração é chegar ao fim do próximo ano com 200 km do sistema na capital.

A Faixa Azul é um sistema de sinalização nas vias de São Paulo com o objetivo de facilitar a mobilidade e dar mais segurança aos motociclistas. A aprovação deles e dos demais motoristas é massiva, segundo pesquisa realizada pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).

Segundo levantamento do Departamento de Educação e Pesquisa da CET, 96,9% dos motociclistas ouvidos percebem o projeto da Faixa Azul como benéfico para a mobilidade, 2,1% informaram que não e 1% não respondeu.

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Avenida 23 de Maio, primeira grande via da cidade a receber o projeto-piloto Faixa Azul, para melhorar a mobilidade e dar segurança aos motociclistas - Edson Lopes Jr./SECOM

Já a percepção dos motoristas como um projeto benéfico para a cidade fica em 87,3%; 7,6% responderam que não acham a iniciativa benéfica e 5,1% não responderam aos questionamentos.

Uma das razões da aprovação é a segurança, pois, na 23 de Maio, por exemplo, nenhuma morte de motociclista trafegando no trecho foi registrada desde sua instalação, que irá completar dois anos. Antes da Faixa Azul, 78% dos sinistros nessa avenida envolviam motos.

A mesma situação aconteceu na avenida dos Bandeirantes, outro grande corredor de trânsito da capital, por onde passam 40 mil motos diariamente, nos dois sentidos. Após um ano de instalação da Faixa Azul, não houve registro de mortes.

"É uma política pública reivindicada há tempos por quem anda de moto", afirma Gilberto Almeida, o Gil, presidente do Sindimoto-SP (sindicato dos motoboys e motoentregadores do estado de São Paulo). "Ela dá mais segurança aos motociclistas, ajudando a organizar o trânsito e a deixá-lo mais harmônico", diz.

Para dar início ao projeto-piloto, a Prefeitura buscou aval da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), pois a Faixa Azul não está prevista no Código Nacional de Trânsito (CTB) e, implantada de maneira experimental, o órgão federal poderá acompanhar e realizar avaliações sobre o desempenho do sistema.

Durante o ano de 2023, com autorização da Senatran, mais vias de tráfego foram contempladas. Em outubro, foi a vez do corredor Tiradentes-Prestes Maia adotar a Faixa Azul.

Em seguida, em novembro, outras importantes vias da capital foram incluídas no projeto-piloto, as avenidas Sumaré e Paulo 6º, na zona oeste da cidade.

Em dezembro, foi a vez das avenidas Faria Lima (zona oeste), Luiz Dumont Villares e Zaki Narchi (ambas na zona norte) a terem Faixa Azul.

No mesmo mês, as avenidas Jacu-Pêssego, Nova Trabalhadores e Vice-Presidente José de Alencar G. da Silva tiveram a implantação da faixa, totalizando 20,2 km de extensão, por onde, estima-se, passam quase 12 mil motos todos os dias.

Agora, a Prefeitura de São Paulo aguarda a autorização da Senatran para a implantação de outros 120 km de Faixa Azul, distribuídos em 28 vias, para levar segurança para a frota de motos da cidade, que é de 1,3 milhão em circulação.

RECONHECIMENTO

A Faixa Azul ficou em primeiro lugar, em dezembro de 2022, no Prêmio Senatran 2022, cujo intuito é contribuir com a Nova Década Mundial de Ações para Segurança no Trânsito.

O prêmio foi um reconhecimento à qualidade do projeto-piloto, que já estava implantado nas avenidas 23 de Maio e dos Bandeirantes, para reduzir acidentes e mortes de motociclistas.

*Conteúdo patrocinado produzido pelo Estúdio Folha