Criado como uma avaliação da qualidade do ensino médio do paÃs, o Enem tornou-se, com os anos, um meio usado por universidades para a seleção de candidatos.
O Enem pode servir como parâmetro para estudantes que querem ingressar em uma faculdade pública ou particular.
E não só dentro do Brasil. Instituições de paÃses como Reino Unido, França, e Canadá, por exemplo, aceitam a nota do exame em seus processos de admissão. Em diversas universidades de Portugal, basta ao candidato apresentar um bom desempenho no Enem para ganhar uma vaga.
Enem é porta de entrada para universidades públicas e privadas
Criado em 1998 como uma avaliação da qualidade do ensino médio, o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) acabou se tornando, também, um meio para os alunos ingressarem em uma faculdade.
Além dos tradicionais vestibulares, instituições brasileiras (e estrangeiras) utilizam a nota no Enem no processo de seleção para a distribuição de vagas na graduação.
Nas universidades públicas, a nota do Enem é o parâmetro para aquelas que fazem uso do Sisu (Sistema de Seleção Unificada), plataforma do Ministério da Educação.
Neste ano, as inscrições para o Sisu foram feitas entre 22 e 25 de janeiro, no site sisu.mec.gov.br. Puderam participar todos os alunos que fizeram o Enem 2023 e não tiraram zero na prova de redação.
Neste 2024, o Sisu contava com um total de 264.181 vagas em 127 instituições de ensino (quase metade das vagas foram destinadas a cotistas). Cada universidade oferece um determinado número de vagas. A Universidade Federal do Rio de Janeiro foi a que disponibilizou o maior número de vagas: 9.240.
Os alunos são escolhidos a partir do peso que o curso por ele desejado dá a cada área de conhecimento: linguagens e códigos; ciências humanas; ciências da natureza e matemática, além da redação. Um curso de engenharia, por exemplo, pode dar maior peso à nota de matemática do que à de ciências humanas.
"Uma dica é se envolver, pesquisar bastante. Não apenas a plataforma do Sisu, mas a universidade que o estudante quer. Não adianta ser uma universidade bonita, numa cidade legal. Precisa pesquisar bem a faculdade, entrar no site, entender qual é o curso que o estudante quer", diz Wander Azanha, diretor pedagógico do curso pré-vestibular da Oficina do Estudante.
"É importante ver quantas pessoas normalmente ficam na lista de espera, e qual é a nota no Enem de quem entrou no ano anterior. Além disso, veja como é o termo de adesão da universidade. Porque ali é explicado qual é o peso que o curso dá às notas das áreas do Enem", afirma Wander.
A partir de 2004, o Enem passou a ser um critério para o acesso às bolsas do ProUni, o que ajudou a aumentar o número de inscritos no exame nacional. O ProUni é o programa federal que oferece bolsas de estudo (parciais ou integrais) em faculdades particulares de ensino superior.
Candidatos ao ProUni precisam ter participado da última edição do Enem e ter tirado no mÃnimo 450 pontos na média das notas do exame (e nota maior do que zero na redação).
"Considero o Enem muito importante, porque possibilita que o aluno concorra a universidades públicas ou particulares fazendo uma única prova", afirma Anna Carolina Hirata Favilli, orientadora educacional do Poliedro.
Pelas públicas, o acesso pode ser feito por meio do Sisu. Mas há universidades, como USP e Unicamp, que não usam o Sisu e reservam um número de vagas para quem deseja utilizar a nota do Enem no processo seletivo.
Já no caso das particulares, o Enem pode ser usado inclusive para quem deseja receber uma bolsa via ProUni. "Algumas faculdades, como FGV e Insper, oferecem vagas em que o processo seletivo é via Enem, mas não pelo ProUni", explica Anna Carolina.
Wander Azanha reforça a dica: "Cada universidade particular tem um sistema diferente para usar a nota do Enem, além de um sistema de cotas. Novamente, o aluno precisa pesquisar bem. Se quiser entrar na PUC, por exemplo, tem de ver como a PUC usa a nota do Enem para conceder bolsas. Tem de pesquisar no site da universidade. Para que ele realmente concorra a uma vaga, não perca tempo", afirma.
"O aluno precisa olhar para cada universidade de maneira diferente. Não pode chutar para qualquer lado. Precisa verificar se o que ele quer é realmente viável", finaliza ele.
*Conteúdo patrocinado produzido pelo Estúdio Folha