Neste inÃcio de ano, universidades de todo o paÃs oferecem cursos em diversas áreas na modalidade educação a distância.
É um modelo que vem atraindo cada vez mais estudantes, porque apresenta diversas vantagens: financeira (mensalidade mais barata), economia no tempo de deslocamento à instituição, entre outras.
Mas é preciso saber como escolher um curso e uma universidade. Há critérios que especialistas indicam para que os candidatos não se arrependam no futuro. Avaliações do Ministério da Educação são uma delas.
Nas páginas a seguir, leia mais sobre a modalidade educação a distância na graduação e na pós-graduação.
EAD deve crescer mesmo no pós-pandemia
Modalidade teve impulso com epidemia da Covid, mas a curva de crescimento deve permanecer
Os cursos de graduação e pós-graduação que podem ser realizados a distância tiveram um crescimento enorme durante a pandemia. Essa curva ascendente deve continuar, de acordo com especialistas.
Isso porque a modalidade traz vantagens não apenas para os estudantes, mas para as próprias instituições de ensino.
"Hoje temos muito mais alunos matriculados na EAD do que no presencial", afirma João Mattar, presidente da Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED) e professor no curso de Tecnologias da Inteligência e Design Digital da PUC-SP, em referência a dados coletados pelo Censo da Educação Superior de 2022
Segundo a pesquisa divulgada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais AnÃsio Teixeira (Inep), 72% dos alunos aprovados para o ensino superior naquele ano escolheram a modalidade ensino a distância (EAD).
"A EAD é mais barata, então a questão financeira é um grande atrativo para os estudantes", aponta Mattar. "E há outras vantagens. O deslocamento, por exemplo. Se a pessoa mora em uma cidade grande, como São Paulo, muitas vezes ela precisa passar duas, três horas no transporte para ir e voltar da universidade. Com a EAD, ela ganha qualidade de vida, pode aproveitar essas horas para estudar ou descansar."
Outro ponto é o da segurança, que preocupa muita gente que mora em locais com Ãndices altos de violência.
Sócio da consultoria Hoper Educação, João Vianney afirma que "a realidade econômico-social se impõe, e a maioria dos candidatos acaba optando pela EAD".
Ele lista alguns "fatores preponderantes": "É muito mais barato (a mensalidade média da EAD em 2023 foi de R$ 233,90 contra R$ 750,00 no presencial, segundo a pesquisa Hoper Estudos de Mercado); o catálogo de cursos é amplo (só não tem cursos como medicina, direito, psicologia e odontologia, por exemplo); está disponÃvel em todas as cidades com mais de 10 mil habitantes; não atrapalha a vida profissional de quem precisa trabalhar".
Do outro lado, o das instituições de ensino: muitas têm investido na modalidade a distância porque veem vantagens consideráveis.
"Se a sociedade muda o jeito de estudar e de aprender, se muda o hábito de consumo das formas de acesso à leitura, das interações e de convivialidade, a educação tem que tentar se modificar para estar em sintonia e buscar efetividade de ensino e de aprendizagem pelos novos meios", argumenta Vianney.
Até mesmo para o poder público o modelo traz benefÃcios. "Para as pequenas e médias cidades, a chegada do ensino a distância foi uma revolução. Durante décadas esses municÃpios tinham que se contentar em colocar ônibus das prefeituras para levar alunos toda noite até cidades maiores, para fazer faculdade à noite", diz Vianney. "Com a EAD, mesmo na cidade de origem é possÃvel formar profissionais em um amplo leque de carreiras. Isso qualifica a comunidade para um desenvolvimento diferenciado e contemporâneo."
Mas não é um mundo cor de rosa. Há alunos que não se adaptam ao formato remoto de aulas.
"Os cursos exigem do aluno um pouco mais de organização do tempo, porque ele não tem o professor toda hora ali, em sala, para chamar a atenção. Há muito material para ler, atividades para fazer. Tem gente que prefere a presença em sala de aula", diz Mattar.
*Conteúdo patrocinado produzido pelo Estúdio Folha