A empresária Anna Gadelha, de São Paulo, precisou pedir a segunda via do boleto de pagamento da sua conta de celular. Mas, como não se lembrava da senha que havia cadastrado na operadora, enfrentou uma verdadeira corrida de obstáculos para provar que ela era ela mesma.
“Eu pedi o reenvio da senha e me mandaram um link por email para criar uma nova. Quando fui inserir esses dados, me pediram para identificar vários números, que vinham com a imagem distorcida. Como não consegui ler direito, tive de ouvir um áudio e digitar os números. Perdi um tempão nisso”, reclama.
“A ferramenta [NuDetect] acrescenta segurança sem adicionar fricção. Autentica, verifica o usuário e melhora sua experiência sem que ele precise fazer nada”
João Pedro Paro, presidente da Mastercard Brasil e Cone Sul
A tecnologia tem sido fundamental para garantir a segurança de pagamentos online, mas também pode, e deve, ajudar a melhor a experiência do consumidor. Em um mundo cada vez mais conectado, é preciso inovar com ferramentas que ajudem as pessoas a ter segurança e, ao mesmo tempo, facilidade no relacionamento com as empresas.
Colocar as necessidades do consumidor em primeiro lugar tem sido a prioridade da Mastercard, uma das principais líderes no mercado de cartões e que agora vai além, atuando como uma empresa de tecnologia de ponta que investe em inovação para oferecer serviços a empresas de todos os tamanhos e áreas.
Nos últimos anos, a Mastercard adquiriu empresas especializadas na proteção de sistemas e de dados. São ferramentas que ajudam na migração digital, reduzem riscos, aumentam a segurança de operações e, principalmente, facilitam a vida dos consumidores.
Uma das ferramentas que pode melhorar a relação da empresária Anna com a sua operadora de celular é a que utiliza a chamada biometria comportamental que, diferentemente daquelas que analisam partes do corpo (palmas das mãos, digitais ou íris, por exemplo), se fixa no comportamento.
O sistema aprende pela observação do comportamento biométrico do usuário e consegue confirmar se de fato ele é quem diz ser, sem que isso seja baseado apenas nas senhas ou, no caso vivido por Anna, por testes automatizados que diferenciam computadores de pessoas. A coleta das informações é automática e anonimizada, e sua análise é imperceptível.
A biometria comportamental analisa, por exemplo, a velocidade com que o usuário digita no micro ou no celular; se usa dois dedos ou mais; a pressão que faz sobre a tela; o horário em que acessa o site do banco e de lojas online; IP do dispositivo geralmente usado e rede wi-fi, além de outras infinidades de dados.
Isso porque, ao usar computadores ligados à internet e outros dispositivos móveis, as pessoas geram dados comportamentais característicos. Quando lidos em conjunto permitem criar um perfil, que não é igual ao de ninguém.
“Dizemos que a ferramenta de biometria comportamental acrescenta segurança sem adicionar fricção. Verifica o usuário e melhora sua experiência sem que ele precise fazer nada”, diz João Pedro Paro, presidente da Mastercard Brasil e Cone Sul.
NuDetect é uma ferramenta da NuData Security, uma das novas empresas da Mastercard. Baseia-se em inteligência artificial e num gigantesco banco de dados biométricos para fazer a validação de usuários, garantindo que a operação se encaixe no comportamento esperado. Pode ser adotada por empresas de diversos portes.
SEGURADORAS, ÁREA DA SAÚDE E EDUCAÇÃO
Um exemplo de uso do sistema NuData é a identificação de uma pessoa ao acessar o site da sua escola. Nesse caso, o sistema identifica se quem tentou o acesso é mesmo quem fez o cadastro.
Caso haja um roubo de sessão, ou seja, uma invasão criminosa com a substituição do usuário durante uma operação, o NuDetect percebe a alteração das características esperadas e emite um alerta.
Situações como mudança do navegador ou no dispositivo usado durante o processo, na velocidade de navegação ou no tempo gasto em uma página são detectadas e geram alertas. Até a falta de movimento do celular pode ser usada para identificar o usuário.
O sistema pode ser utilizado ainda para substituir senhas alfanuméricas que muitas vezes são enviadas pela própria rede, ou impressas (como as fornecidas por laboratórios médicos), o que aumenta o risco de captura e utilização por pessoas mal intencionadas.
Para as empresas, os ganhos óbvios são o aumento na velocidade de aprovação de transações, a redução de prejuízos provocados por fraudes [segundo a empresa de antivírus Norton, a perda com crimes cibernéticos no Brasil chega a US$ 22 bilhões por ano]. Sem falar na melhora do relacionamento com o seu cliente.
Para as pessoas, a confiança nos serviços, aplicativos e sites que usam o sistema e, ao mesmo tempo, uma experiência mais agradável. Podem navegar tranquilamente, sabendo que do início ao fim de cada operação ninguém poderá se passar por elas.
A prevenção de fraudes com o NuDetect pode ser feita ainda antes, na abertura de contas ou no cadastro inicial em um serviço. As quatro camadas de análise da ferramenta conseguem saber se o usuário é quem diz ser –ou se é um programa criado para se passar por uma pessoa, usando dados roubados para depois realizar fraudes como compra de produtos com cartões de crédito de terceiros ou tomada de empréstimos.
O sistema NuDetect também atua na detecção ativa de malware (programas criados para infectar outros programas ou computadores).
Toda essa análise é possível porque a inteligência artificial permite lidar instantaneamente com enorme volume de dados.