Participantes do painel que discute remuneração |
Com a crise econômica, a alta dos custos médico-hospitalares e o envelhecimento da população, a sustentabilidade do sistema público e privado de saúde é hoje um dos maiores desafios do Brasil. Nos últimos 18 meses, quase dois milhões de brasileiros deixaram a saúde suplementar no país, e muitas operadoras já não conseguem arcar com os custos de um sistema estrangulado pela regulação excessiva, desrespeito aos contratos, desperdícios e até mesmo fraudes.
O setor, que hoje atende 70 milhões de beneficiários de todas as idades, precisa de medidas urgentes para tornar o modelo economicamente sustentável e eficiente e, assim, garantir saúde de qualidade.
Para fazer uma reflexão sobre os caminhos e alternativas para os próximos anos, a FenaSaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar) realizou o 2º Fórum da Saúde Suplementar, nos dias 23 e 24 de novembro, no Rio de Janeiro. Com o tema "As Escolhas Necessárias para o Futuro", o evento contou com a presença de especialistas e autoridades da área.
Além de destacar a necessidade de melhorar a gestão e de reduzir custos e desperdícios, o Fórum ressaltou que é preciso criar novos modelos de assistência e produção de informação para que o consumidor consiga fazer suas escolhas. "Nestes dois dias de debate, vimos que a situação é muito grave. Vivemos a pior crise dos últimos cem anos. O sistema está morrendo, mas não queremos isso. Por isso, estamos aqui", definiu Solange Beatriz Palheiro Mendes, presidente da FenaSaúde, durante o evento.