ORGÂNICOS EM ALTA NO ST MARCHE

Filipe Rocha/Estúdio Folha

Comer bem está na moda. Orgânicos, pães de fermentação natural e produtos artesanais estão ganhando cada vez mais espaço nas gôndolas dos supermercados. É o caso do St Marche.

A mudança nos padrões de consumo tem explicação. É, em parte, geracional. Reflete o comportamento de uma população que está mais preocupada com o bem-estar e com a sustentabilidade do planeta.

O orgânico, entretanto, não surgiu agora. Na verdade, ele era a regra antes das guerras mundiais. Na década de 1950, entretanto, o processo chamado de "revolução verde" mudou a lógica da agricultura.

À época, processos agrícolas foram mecanizados, sementes começaram a ser geneticamente modificadas e insumos químicos mudaram o modo de produção de alimentos sob o pretexto de acabar com a fome no mundo.
Atualmente, essa lógica tem sido questionada. O consumo de carne diminuiu, abrindo espaço para a entrada de outros alimentos no prato do brasileiro.

"Hoje os orgânicos foram ficando atrelados a coisas saborosas. Isso se deve, em parte, a chefs importantes, como a Bela Gil e a Bel Coelho. As pessoas estão tendo uma experiência mais ampla com o paladar, e isso acaba respingando nos orgânicos. Quem come sente a diferença" afirma Maria Lyra, 32, empresária do ramo da gastronomia.

Esses são alguns dos motivos que explicam o aumento do consumo de alimentos orgânicos. No St Marche, por exemplo, o faturamento com esses produtos cresceu, do ano passado para este, em três dígitos.

O supermercado construiu uma logística assertiva, que começa com uma relação estreita e transparente com o pequeno produtor e vai até a educação de seus funcionários em loja (capacitados a promover degustações dos orgânicos para seus clientes).

Para estimular esse consumo, o St Marche oferece 30% de desconto nesses produtos toda quarta-feira.